Limão Tahiti













 

O que é

  • Nome popular da fruta: Limão tahiti (limão-verde).
  • Nome científico: Citrus latifolia Tan.
  • Origem: provavelmente Estados Unidos.


Fruto

A lima Tahiti tem a peculiaridade de ser consumida verde. Possui uma casca geralmente fina, com superfície lisa, composta de duas frações distintas: o flavedo ou epicarpo e o albedo ou mesocarpo, facilmente separáveis da polpa, que corresponde à fração comestível do fruto.

No flavedo encontram-se substâncias como carotenoides, vitaminas e óleo essencial. O albedo corresponde à porção esponjosa, branca e aderente à casca.

O peso médio do fruto do limão Tahiti é de 170 g. O suco das vesículas representa cerca de 45% a 50% do peso do fruto. Apresenta teor de ácido ascórbico (vitamina C) entre 20 e 40 mg/100 ml.

Os frutos não têm sementes, pois o pólen e as células do óvulo degeneram durante a multiplicação celular na fecundação. Raramente são encontrados frutos com semente.


Planta

A lima ácida Tahiti, chamada popularmente de limão, é uma planta tropical de rápido crescimento, que alcança quatro a seis metros de altura. A copa é arredondada e bem enfolhada. As folhas são de tamanho médio e com formato elíptico.

Os botões florais e as pétalas são brancos e produzidos nas extremidades dos ramos, em grupos de dois a vinte. Não possui espinhos, o que facilita seu manejo.

Dentre as diversas espécies cítricas, a lima ácida Tahiti é considerada uma das mais precoces – a fase produtiva se inicia a partir do segundo ano de plantio. Floresce e frutifica ao longo do ano, mas tem maior produção de janeiro a junho e menor oferta de julho a dezembro.

A produtividade depende do espaçamento da cultura e do porta-enxerto utilizado, conseguindo-se produtividades que variam de seis a 21 t/ha.


Cultivo

A cultura da lima Tahiti exige atenção e planejamento pelo produtor, principalmente devido à forte concentração da oferta – de dezembro a abril – e aos diversos problemas de doenças e pragas enfrentados pela citricultura no país.

Três pontos importantes devem ser, então, observados: 

  • Adquirir as mudas de viveirista fiscalizado e, de preferência, produzidas em viveiro telado;
  • Evitar que as mudas tenham sempre o mesmo porta-enxerto, utilizando, no mínimo, dois porta-enxertos diferentes no pomar;
  • Procurar desviar, por meio do manejo, parte da produção para fora do período de safra concentrada.

A utilização de mudas de boa qualidade é base para o sucesso e longevidade do pomar, garantindo a sua produtividade, menor incidência de doenças e, consequentemente, o retorno econômico do investimento. 

Na obtenção das mudas, observar a utilização de diferentes porta-enxertos. Não é conveniente, para a formação de pomares de ‘Tahiti’, a utilização de apenas um porta-enxerto, em virtude dos riscos do aparecimento de novas doenças, que comprometam até 100% das plantas.

Os porta-enxertos mais recomendados são o limoeiro ‘Rugoso’ e o ‘Cravo’, que apresentam vantagens como crescimento rápido, boa produção, frutos de ótima qualidade e maior tolerância à seca e a tristeza-dos-citros (virose transmitida pelo pulgão preto).

A desvantagem do uso desses porta-enxertos, principalmente em plantios irrigados, é serem muito atacados pelo fungo Phytophthora sp., causador da “Gomose” e “Podridão radicular”. Pode-se utilizar alternativamente os porta-enxertos ‘Trifoliata’, Citrange ‘Morton’, Tangelo ‘Orlando’, Tangerina ‘Cleópatra’ e Citrumelo ‘Swingle’.

Em plantios mais adensados, o uso do porta-enxerto ‘Fly Dragon’ tem como vantagem desenvolver plantas de menor porte, o que facilita os tratos culturais e a colheita.

Para produzir fora do período de maior oferta do produto, o produtor deve eliminar os frutinhos na época de alta produção, adotar manejo adequado de irrigação e adubação, e assim conseguir alta produção na entressafra.

Nos plantios irrigados, as sucessivas brotações dão origem a várias floradas que, por sua vez, dão origem a várias colheitas ao longo do ano, podendo acontecer períodos de colheita na entressafra, o que propicia melhores preços.

Em plantios de sequeiro, a alternativa para produção na entressafra (setembro a dezembro) é o uso de reguladores de crescimento, como o ethephon e as giberelinas. No entanto, as variações climáticas interferem e não asseguram os resultados, o que demanda maiores estudos sobre esse assunto (dosagem, época e método de aplicação).

A lima ácida tahiti apresenta a peculiaridade, quanto à sua comercialização, da manutenção da cor verde da casca, que é extremamente desejável durante toda a vida útil pós-colheita desta fruta. O aparecimento da coloração amarela, total ou parcialmente, reduz sua aceitação pelo mercado consumidor, principalmente no exterior.


Usos e Mercado

Usos

O suco do limão tahiti “in natura” é usado em culinária, na limpeza e preparo de alimentos (carnes, massas, bolos, confeitos).


Mercado

Componente básico da brasileiríssima caipirinha, o limão tahiti é um fruto tropical de ampla utilização.

Além do uso na culinária e preparo de bebidas, o limão tahiti é utilizado na produção de suco concentrado. A indústria de suco utiliza 40% a 50% do fruto, sendo o restante considerado resíduo industrial.

Esse resíduo contém pectina, vitamina C e fibras, que os tornam matéria-prima para as indústrias alimentícia, farmacêutica e de rações. O óleo essencial da casca é produto altamente valorizado, com uso amplo na indústria farmacêutica e de refrigerantes.

Fonte:

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-cultivo-e-o-mercado-do-limao,9e7a9e665b182410VgnVCM100000b272010aRCRD

​Acesso em 01/09/2016 as 15h46